CRISTO REI
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CRISTO REI (Último domingo de outubro) Adoremos a Cristo, Rei dos séculos! Cristo entrou no mundo como Rei. Como rei
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CRISTO REI
(Último domingo de outubro)
Adoremos a Cristo, Rei dos séculos! Cristo entrou no mundo como Rei. Como rei do mundo, sacrificou-se na Cruz. Como Rei de todos os homens, deles e de todas as gerações espera que lhe rendam as homenagens que lhe são devidas.
1. Em primeiro lugar é a homenagem da união com Ele, que lhe devemos. “Eu sou a luz do mundo”; com estas palavras se nos apresenta. Quem não segue esta luz, anda nas trevas. “Eu sou o caminho” – outra palavra do mesmo Cristo. Quem não anda neste caminho, cairá no abismo. “Eu sou a Vida”. Quem não tem parte nesta Vida, fica morto. “Eu sou a porta única”, que abre para o rebanho de Deus. Quem não entra por esta porta, não verá o Pai. “Eu sou a verdadeira vide”. O ramo, uma vez separado da vide, será cortado e atirado ao fogo. Ele é o único Rei de Sião, o único Salvador, o único Juiz. “Não há salvação em nenhum outro, porque, sob o céu, nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4, 12). Quem deliberadamente se separa de Cristo, será condenado eternamente. Ou com Cristo ou contra Cristo, eis o dilema, em face do qual devemos tomar nossa decisão.
2. A fé é o que Cristo Rei exige dos seus súditos. Não é possível ser de Cristo, sem convictamente n’Ele reconhecer Deus verdadeiro. Desta fé, deste reconhecimento de Jesus cumpre fazer depender tudo. Aos judeus que perguntaram que obras deviam praticar, para ter o agrado de Deus, responde Jesus: “A obra de Deus é esta, que acrediteis naquele a quem enviou” (Jo 6, 29). Não muitas obras são, portanto, exigidas; mas uma só, a obra ela fé em Jesus Cristo. Esta fé é que santifica. “Ora a vontade daquele que me enviou, é que eu não perca nada do que me deu, mas que o ressuscite no último dia” (Jo 6, 39). Negar esta fé é a desgraça eterna, como se depreende das palavras do Evangelho: “O Pai ama o Filho, e pôs todas as coisas na sua mão. O que crê no Filho, a vida eterna; o que, porém, não crê no Filho, não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus.” (Jo 3, 35-36). “Quem não crê, será condenado” (Mc 16, 16).
3. Cristo exige dos seus súditos uma vida inteiramente ligada à graça. “Em verdade, em verdade te digo que quem não renascer da água e do Espirito Santo, não pode entrar no reino de Deus. O que nasceu da carne, é carne, o que nasceu do Espírito, é espírito. Não te maravilhes de eu te dizer: É preciso que vós nasçais de novo” (Jo 3, 5-7). “Em verdade, vos digo: si não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6. 53). “Aquele que crêr e for batizado, será salvo” (Mc 16, 16). Sem a vida da graça não ha salvação, sem a união com Cristo não é possível uma vida na graça. “Eu sou a videira, vós sois os ramos. O que permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanece em mim, será lançado fora, como o ramo e secará; e o enfeixarão e jogarão no fogo para arder” (Jo 15, 5-6).
4. Cristo quer de nós confiança e amor. “Confiai, sou eu, não temais” (Mc 6, 50). “Tende confiança, meu filho, teus pecados te são perdoados” (Mt 9, 2). “Tem confiança, filha, tua fé te salvou” (Mt 9, 22). “Tende confiança, eu venci o mundo” (Jo 16). “Tudo que pedirdes em meu nome eu o farei” (Jo 14, 14). “Em verdade, em verdade vos digo: se vós pedirdes a meu Pai alguma coisa em meu nome, ele vo-la dará. Vós até agora não pedistes nada em meu nome. Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa” (Jo 6, 23). “Como meu Pai me amou, assim vos amei também. Permanecei no meu amor” (Jo 15, 9).
5. Cristo exige de nós a observação dos seus mandamentos. “Se guardardes os meus preceitos, permanecereis em meu amor; assim como também eu guardei os preceitos de meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos tenho dito estas cousas para que a minha alegria esteja em vós, para que a vossa alegria seja completa” (Jo 15, 10). “Se me amais, guardai os meus mandamentos” (Jo 14, 15). “Quem observa os meus mandamentos, permanece em Deus e Deus nele” (I Jo 3, 24).
6. Cristo exige a união com sua Igreja. Ela é seu reino e, unida a Ele, é a verdadeira vide. Nela depositou sua doutrina e sua graça. Por isso: “Quem não prestar ouvido à Igreja, tem-no por um gentio e um publicano” (Mt 18, 17). “Permanecei em mim e eu ficarei em vós. Assim como o ramo não pode dar fruto de si mesma, se não permanecer na videira, do mesmo modo também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira e vós os ramos. O que permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanece em mim, será lançado fora, como o ramo e secará e o enfeixarão e jogarão no fogo, para arder” (Jo 15, 4-6).
7. Cristo exige definição clara diante do mundo e coragem no combate contra o mundo. “Todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. E o que me negar diante dos homens eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus” (Mt 10, 32). “Se o mundo vos odeia, sabei que antes odiou a mim. Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas porque vós não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia” (Jo 15, 18). “Estas coisas vos tenho dito, para que vos não escandalizeis. Lançar-vos-ão fora das sinagogas; e vem a hora, em que qualquer um que vos mate, julgará prestar serviço a Deus. Eles vos farão isto, porque não conhecem o Pai, nem a mim: Mas estas coisas vos tenho dito para que, quando chegar a hora, vos lembreis que eu vo-las disse” (Jo 16, 1-4).
8. Cristo exige completo afastamento dos erros do mundo. “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós com a capa de ovelhas e por dentro são lobos rapaces. Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7, 15). “Caríssimos, não creiais em todo o espírito; mas experimentai os espíritos, se são de Deus; porque muitos falsos profetas tem saído no mundo. Nisto se conhece o espírito de Deus. Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne, é de Deus. E todo espírito que divide Jesus, não é de Deus; e este é o anti-Cristo, do qual ouvistes que vem e agora já está no mundo. Vós, filhinhos, sois de Deus e vencestes a esses, porque maior é o que está em vós, do que o que está no mundo. Eles são do mundo; por isso falam do mundo e do mundo os ouve. Somos de Deus. Aquele que conhece a Deus, nos ouve; quem não é de Deus, não nos ouve; é nisto que conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro” (I Jo 4, 1-6).
9. Cristo exige o estabelecimento do seu reino em todo o mundo. “O que eu vos digo nas trevas, dizei-o às claras, e o que é dito ao ouvido, pregai-o sobre os telhados” (Mt 10, 27). “Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei. Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt 28,19-20).
Sendo, pois, tão fundados os direitos de Cristo, tão elevadas suas atribuições, tão nobres seus ideais, tão justas suas exigências, seu Reino tão necessário e salutar ao mundo inteiro, não é, então, dever nosso trabalhar pela realização do seu Reino em toda a parte – na família, na sociedade, no mundo inteiro?
Como isto se fará? Pela nossa sujeição a Cristo pela fé, pela confiança e pelo amor! Adoremo-lo no Santíssimo Sacramento. Recebamo-lo muitas vezes na santa Comunhão. Conformemos a nossa vida aos seus mandamentos! Façamos o que estiver ao nosso alcance, para que chegue a reinar sobre as nações!
(LEHMANN João Baptista, Na Luz Perpétua: vol. II, ano 1935, pp. 358-360)
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(Domingo) 2:01 pm - 2:01 pm